Perdi um ente querido, o que faço?

Na maioria das vezes, quem não acredita na comunicação com os espíritos pensa que, para aqueles que acreditam (na comunicação com os espíritos), perder um ente querido é mais fácil, pois acreditam que só de termos a crença, isso já nos conforta por si só, ou mais além, que recebemos informações do ente prontamente, ou que eles já vem conversar conosco logo após o desencarne. Mero engano. É claro que a crença na eternidade do espírito nos ajuda a superar o trauma da perda, pois, nossa fé nos leva a acreditar que estaremos juntos novamente. Mas, em quanto tempo? Isso, pouquíssimas pessoas sabem, ou tem noção pelo menos. E isso nos deixa aflitos da mesma forma. Que se saiba, não é qualquer espírito que desencarna que pode prontamente se manifestar através de um médium, ou nos enviar uma mensagem através de uma psicografia, pelo contrário, são poucos, pois, na maioria das vezes quando desencarnamos, não temos preparo e permissão para tal feito. Também precisamos lembrar que, devido a transição planetária, nem todo espírito desencarnado permanece neste planeta, sendo levado a outros planos de existência onde darão continuidade a suas experiências, sendo por escolha da espiritualidade maior, seja por suas próprias escolhas. Aliás, é constante a necessidade de nos lembrarmos disso, ou seja, de que, por mais que amamos o outro, ainda assim o outro tem suas escolhas e muitas vezes pessoas que nos são queridas aqui encarnados, tomam seus próprios rumos quando em espírito e assim, do mesmo modo que os pais/mães precisam estar preparados para ver seus filhos e filhas saírem de casa quando adultos, do mesmo modo teremos que entender que aqueles que amamos podem tomar seus próprios rumos quando em espírito.

Enterro de Mahatma Gandhi, Índia

Assim sendo, e tendo levado em consideração estes pontos importantes, como podemos nós que acreditamos na espiritualidade maior nos confortar diante da perda de um ente querido? Acredito que desse ponto em diante, não há muito o que mudar na forma como todos nós podemos lidar com a situação, ou seja, a melhor saída é o exercício diário de nossa fé na espiritualidade maior, em sua justiça divina e no desapego mesmo das pessoas às quais amamos. Do exercício da fé na espiritualidade, temos o caminho para a compreensão de que eles sabem o que fazem e quando fazem, sendo justos em grau e gênero. Assim podemos nos confortar estando cientes de que o desencarne ocorreu porque assim necessitava acontecer para a melhor experiência do ente que se foi e precisamos respeitar o ocorrido. E no desapego? Como podemos nos desapegar daqueles que amamos? Primeiramente aprendendo que desapego não é não amar, não é não gostar, não é não querer estar junto. É claro que isso é “impossível”, porque como temos sempre dito, enquanto espíritos somos seres de relacionamento e relacionamento é querer estar junto e poder abraçar, beijar e conversar. O desapego aqui se faz do ponto de não estarmos dependentes da relação como muitos têm feito ao longo do tempo. Não podemos colocar no outro a responsabilidade pela nossa felicidade e nem fazer dele muletas de nossa vida. Também precisamos entender que a vida encarnada aqui é apenas um passe para a vida maior e é lá que estaremos juntos de forma constante e segura. Aqui não temos garantias de nada e quanto mais refletirmos e aceitarmos isso, melhor.

Young woman with suitcase walking at the street in Barcelona

A morte é tema que deve ser debatido também. Falar de morte no nosso dia a dia nos prepara para o momento que sabemos ser inevitável. Existem muitos povos que trazem a temática da morte para as conversas do dia a dia e assim, quando chega a hora eles estão mais preparados para enfrentar o momento. Então como dissemos, o tema é difícil por si só, mas, ele pode ser amenizado através do exercício da fé e da normalização do tema em nosso dia a dia.

Comemoração do dia do mortos no México

Mas e sobre a comunicação com quem já foi? Como podemos receber mensagens de nossos entes queridos? Como dissemos não é fácil, ainda mais porque a maioria das pessoas não acredita e só passa a ter esperanças quando ocorre o desencarne. Daí as pessoas chegam com expectativas, com desconhecimento sobre a comunicação com os espíritos e acham que vão receber informações imediatamente. Mas, você está preparado para saber que sua mãe que desencarnou está no penumbral? Ou que seu filho está dormindo em um leito de hospital? Ou que seu marido está “vagando” sem rumo? Muitas vezes não. Então é preciso tomar cuidado quando queremos saber o que houve com o ente que “partiu”. As possibilidades são inúmeras, cada uma dentro da necessidade e mérito do ente que se foi. Imagine que você já chorou por outros entes em outras vidas. Você já chorou por outras mães, pais, irmãos, filhos e muitos nem sequer fazem mais parte da sua vida hoje. Complicado lembrar e refletir sobre isso não é mesmo?

Viram como é difícil perder uma pessoa querida, mesmo para quem acredita na comunicação com os espíritos? Pois é, por isso voltamos a afirmar que o exercício na fé da justiça do plano divino deve ser diário. Que acreditar nos planos superiores deve ser diário. Que o amor deve ser genuíno e o desapego deve ser da mesma forma exercitado. Lembrem sempre dos momentos felizes que passaram juntos e não deixem que eles sejam menores que a dor da perda. Agradeça a Deus por todos os momentos que vocês puderam passar juntos. Lembre que você ainda tem outras pessoas queridas com você. Se precisar chorar, chore tudo o que tiver para chorar, não guarde sentimentos de tristeza dentro de si. Depois disso, levante a cabeça e siga em frente. Lembre-se que seu ente não iria querer que você se deixasse derrubar por sua morte.

Se vocês se amam de verdade (você e o ente que partiu), um dia, com certeza irão se reencontrar, mesmo que não saibam quando. Assim sendo, esteja preparado para o momento da partida e viva feliz sabendo que seus corpos irão se abraçar novamente no futuro.

Para mais informações adquira nossos livros, apostilas, cursos e siga junto conosco nesta caminhada para encontrar a ascensão.

Publicado por irmandadedolotus

Ainda não quero falar

Um comentário em “Perdi um ente querido, o que faço?

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

%d blogueiros gostam disto: