Dentro de um contexto espiritual, o que a Irmandade do Lótus nos diz sobre as bebidas alcoólicas?
Em primeiro lugar vamos deixar claro que o comparativo não é sobre se você vai ser ou não (mais) espiritualizado se você beber e sim, se você quanto ser espiritual deve ou não beber. Também devemos separar o caminho espiritual em 2 partes.

A primeira se refere ao caminho espiritual individual, ou seja, nossa caminhada de evolução pessoal, que pode ser alcançada por base da filosofia. Nesta, podemos dizer que a reflexão gira em torno de se podemos beber e se sim, em que circunstâncias? Pois bem, a reflexão é longa, mas a primeira pergunta é: “Beber bebidas alcoólicas pra que?” As bebidas alcoólicas não nos trazem nenhum ganho social, de lazer, de saúde e muito pelo contrário, nós trazem prejuízos na saúde, trazem vícios, nos entorpecem os sentidos, criam intrigas, colocam “monstros para fora do armário”, provocam acidentes, destroem famílias…
Enfim, beber para que? Porque gostamos? Nos dá prazer? Pergunte-se também se você é uma pessoa que depende da bebida para relaxar e ai, pergunte-se se isso não é uma dependência emocional, uma válvula de escape dos problemas. Se for isso, pare, porque você está fazendo errado. As bebidas só estão “dando um tempo para a sua cabeça”, mas você não está resolvendo o problema e isso é sinal de que tua caminhada está (no mínimo) patinando. Agora, se depois de muita reflexão você com toda a certeza disser que bebe apenas socialmente, de vez em quando, em pouca quantidade de modo que ela não te entorpece, que não lhe tira do teu centro, que você não vai aprontar uma vergonha para a sua família e que você não faz isso para ficar “alegrinha” ou “afogar as mágoas”, então beleza, vai lá e bebe. Porque realmente você não vai ser menos espiritualizado porque tomou “2 cervejas”.
Mas admita, a gente bebe muitas vezes porque fomos ensinados a associar as bebidas com festa e alegria. “É meu aniversário, vou encher a cara”. Como se a gente precisasse da bebida para ser feliz, relaxar e estar bem, quer dizer a gente não precisa, mas é o que quase todo mundo faz. Isso é fruto da nossa incapacidade de ser feliz sem nos utilizar de substâncias.
E agora vamos falar da segunda parte do caminho espiritual que trata sobre a mediunidade e a sensitividade. Quando falamos disso precisamos refletir que as bebidas alcoólicas são um veneno para o éter que compõem os corpos sutis. Eles degradam a grade etérica, interferindo na conexão do corpo espiritual com o corpo físico. Por isso ficamos desorientados, perdemos nossa noção de distância e não raciocinamos direito. Assim, QUALQUER espírito zombeteiro pode se aproveitar disso e além de sugar nossas energias, pode nos influenciar e até “incorporar”, utilizando nosso corpo de forma evasiva.
Talvez alguns de vocês perguntem: “Então porque muitos guias espirituais pedem para o médium beber?”. Temos várias opções de resposta. 1) O médium pode ser um animista que se aproveita do momento para poder beber, ou seja, não é o guia que pede e sim o espírito do médium (e isso é bem comum). 2) Todos sabemos que mesmo sendo guias espirituais, muitos ainda tem vícios (Confúcio era alcoólatra, por exemplo) e nós médiuns não somos obrigados a servir de canal pro vício do guia. 3) Quando feito de forma correta, dentro de um contexto espiritual, o guia usa o álcool para a purificação do ambiente e além do mais, um médium bêbado é mais fácil de incorporar (aqui cabe outro texto explicando, mas leia nosso livro Contatando os Guias de Luz).
Agora me diga, alguém aqui vai fazer algum trabalho espiritual dentro de uma balada?

Assim sendo, beber bebida alcoólica não tem muito sentido e ainda que você queira beber por prazer, reserve-se em um cantinho só seu, com amigos de confiança e não em “baladas” cheias de pessoas ao qual você não conhece e que podem estar carregadas de espíritos viciados buscando sugar a energia da bebida dos encarnados. Se você é médium e trabalha em algum centro espiritualista, lembre-se de quantas pessoas “carregadas” já passaram por você e agora imagine: se isso já acontece em um ambiente espiritual, o que dizer de uma “balada”.
Algumas pessoas ainda assim dirão que, estando na matéria, temos que viver a matéria. NÃO. Pelo menos não do modo como muitos pensam. Se você quer de fato alcançar uma transcendência espiritual, você deve trazer o conhecimento espiritual e aplicá-lo aqui no plano da matéria. Se você conhece Deus, como pode querer desfrutar da matéria? Quem conhece o caminho espiritual de verdade permanece na lama da matéria mas segue intocado por ela. É isso que estamos buscando, nos limpar da sujeira da matéria. Então aplique o conhecimento espiritual aqui.
OBSERVAÇÃO: E se você sente que tem uma certa dependência pela bebida e quer deixá-la, não dê um passo maior do que a perna. Faça com calma de forma que você consiga deixar a dependência de forma concreta. Vá estabelecendo metas de dias em que você não deve beber e se necessário, peça ajuda.
É claro que outras reflexões podem aparecer, mas, acredito que refletindo sobre essas já temos um noção sobre o que a bebida representa em nossas vidas. Para finalizar, relembramos que não estamos julgando de forma alguma uma pessoa e muito menos o caminho espiritual de quem bebe e sim, analisando o consumo de bebidas alcoólicas por parte de qualquer pessoa. Não é sobre o indivíduo e sim sobre a ação.
Namastê!